Reino da Albânia (Cáucaso)

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 Nota: Este artigo é sobre a entidade política. Para o Estado dos Bálcãs, veja Reino da Albânia. Para a província, veja Albânia (província do Império Sassânida).
Albânia

Aguanque / Aluanque • País de Arrã • Albânia caucasiana / Albânia do Cáucaso

Estado histórico

Séc. I a.C. — Séc. VIII 

Albânia caucasiana nos séculos V-VI
Continente Eurásia
Região Cáucaso
Atualmente parte de  Azerbaijão
 Rússia
 Geórgia
 Armênia

Línguas oficiais Albanês caucasiano
Parta
Persa médio
Armênio
Religiões Paganismo
Cristianismo
Zoroastrismo

Forma de governo Monarquia

Período histórico Idade Antiga
Idade Média
• Séc. I a.C.  Fundação
• Séc. VIII  Dissolução

Albânia (em grego: Αλβανεια, em latim: Albania) ou Albânia caucasiana (em armênio/arménio: Կովկասյան Ալբանիա, em azeri: Qafqaz Albaniyası, em russo: Кавказская Албания, em persa: آلبانیای قفقاز) foi um antigo reino formado no final do século II - meados do século I a.C. na Transcaucásia oriental.[1][2] Ocupava o sul da atual República do Daguestão e grande parte do Azerbaijão.[2]

Denominação[editar | editar código-fonte]

O termo Albânia do Cáucaso ou Albânia caucasiana é um exônimo moderno usado para evitar confusão com a atual Albânia balcânica. O nome "Albânia" vem do latim e significa terras brancas, aludindo às suas montanhas cobertas de neve.[3][4]

Os endônimos modernos para a área são Aguanque e Aluanque, entre o povo Udi, que se considera descendente dos habitantes da Albânia caucasiana. No entanto, seu endônimo original é desconhecido.[2]

Albânia na época de Estrabão[editar | editar código-fonte]

Mapa do Cáucaso em 290 a.C.

Os albaneses viviam como pastores, parecidos com tribos nômades, mas sem serem selvagens, e não eram predispostos à guerra.[5] Eles não cultivavam a terra, que produzia todo tipo de fruta.[6] Os homens se distinguiam por sua beleza e tamanho, eram simples e não fraudulentos, não usavam moedas cunhadas, não sabiam contar números maiores que cem e faziam trocas por escambo.[7] Eles eram ignorantes de pesos e medidas, e não tinham muitos conhecimentos sobre guerra, governo ou agricultura.[7] Eles lutavam a pé ou a cavalo, usando armaduras leves ou pesadas, assim como os armênios.[7]

Eles podiam levantar um exército numeroso, como o exército de 60.000 de infantaria e 22.000 de cavalaria com que se opuseram a Pompeu.[8]

Na época de Estrabão, apenas um rei governava todos os albaneses, mas antes cada tribo tinha seu rei e sua língua própria; havia vinte e seis línguas diferentes.[9]

Seus principais deuses eram o Sol, Júpiter e a Lua, sendo esta o deus supremo.[10] O culto à Lua era feito com sacrifício humano.[10]

Os anciãos eram tratados com muito respeito, mas era considerado ímpio se preocupar com a morte ou mencionar o nome dos que morreram; os mortos eram enterrados com seu dinheiro.[11]

Estrabão menciona que as amazonas viviam logo ao norte da Albânia,[12] mas depois mostra-se cético com relação às histórias sobre elas.[13]

Referência externa[editar | editar código-fonte]

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Referências
  1. Hewsen, Robert H. The Geography of Ananias of Širak: Ašxarhacʻoycʻ, the Long and the Short Recensions (em English). [S.l.: s.n.] 
  2. a b c Robert H. Hewsen. "Etno-história e a influência armênia sobre os albaneses caucasianos", em: Samuelian, Thomas J. (Ed.), Cultura Armênia Clássica. Influências e Criatividade . Chicago: 1982, pp.
  3. Olson, James Stuart; Pappas, Lee Brigance; Pappas, Nicholas Charles, eds. (1994). An Ethnohistorical dictionary of the Russian and Soviet empires. Westport, Conn: Greenwood Press 
  4. Wolfgang Schulze. Albanês Caucasiano e a Questão de Língua e Etnia  (англ.) . — 2017.
  5. Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 4, 1 [fr] [en] [en] [en]
  6. Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 4, 3 [fr] [en] [en] [en]
  7. a b c Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 4, 4 [fr] [en] [en] [en]
  8. Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 4, 5 [fr] [en] [en] [en]
  9. Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 4, 6 [fr] [en] [en] [en]
  10. a b Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 4, 7 [fr] [en] [en] [en]
  11. Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 4, 8 [fr] [en] [en] [en]
  12. Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 5, 1 [fr] [en] [en] [en]
  13. Estrabão, Geografia, Livro XI, Capítulo 5, 3 [fr] [en] [en] [en]
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