Grupo José de Mello
O Grupo José de Mello, por vezes chamado abreviadamente de Grupo Mello é um dos principais grupos empresariais de Portugal.
| Grupo José de Mello | |
|---|---|
| Empresa privada | |
| Fundação | 1988 |
| Fundador(es) | José Manuel de Mello |
| Sede | Lisboa, Portugal |
| Presidente | Salvador de Mello |
| Antecessora(s) | Companhia União Fabril |
| Website oficial | www.josedemello.pt |
Foi criado em 1988 sob iniciativa de José Manuel de Mello.
O objetivo do empresário foi de reerguer, em parte, o antigo Grupo CUF, desmantelado em 1975, fruto da opção de estatização de vários setores econômicos, adotada no período revolucionário que se seguiu ao golpe de 25 de abril de 1974.[1]
História
editarO grupo foi criado em 1988 pelo neto de Alfredo da Silva, José Manuel de Mello (por sua vez filho de Manuel de Mello e irmão mais novo de Jorge de Mello, presidente da antiga CUF aquando do 25 de abril de 1974)[2] .
A revisão constitucional de 1989 e o fim da clausula de irreversibilidade das nacionalizações ocorridas na sequencia da Revolução dos Cravos encetou um novo contexto político-econômico em Portugal, ao abrir a possibilidade de devolução ao setor privado de vários dos setores que haviam então sido tomados para o patrimônio do Estado[3].
Sob o novo contexto, Jose Manuel de Mello retomou definitivamente os seus negócios em Portugal e, a par do irmão Jorge de Mello — que adquiriria entretanto empresas como a Tabaqueira e a Sovena — cria o Grupo Jose de Mello. Com iniciativas separadas, os dois irmaos reerguem o antigo Grupo CUF[4].[1]
Depois de Jose Manuel de Mello, a continuidade do grupo familiar seria assegurada pelos seus filhos — inicialmente Vasco de Mello[5], que ainda se mantem como presidente do Conselho de Administração; Salvador de Mello, atual presidente da Comissão Executiva[6].
Empresas do grupo
editarBondalti
editarA Bondalti é a herdeira da antiga Companhia União Fabril, sendo o maior grupo português no sector da Indústria Química.[7]
CUF
editarA CUF começou em 1945 com o propósito de prestar cuidados de saúde aos trabalhadores da Companhia União Fabril e aos seus familiares.[8] Atualmente integra o Grupo José de Mello, com várias clínicas e hospitais espalhados pelo país.
Brisa
editarNo dia 29 de março de 2012, o Grupo José de Mello lançou uma OPA sobre a totalidade do capital da Brisa, tornando-se o maior acionista desta empresa, com uma participação de 57,3%.[9]
Em 2020, num contexto económico de grande adversidade devido à pandemia mundial de Covid-19, vendeu 40% da Brisa, ficando com cerca de 17% do capital social.[10]
Efacec
editarEm 2006, o grupo lançou uma OPA sobre o capital da Efacec que não era detido pelos dois acionistas de referência.[11][1]
Em 2023, o grupo deixa de ter qualquer participação acionista no capital da Efacec, na sequência da conclusão do processo de reprivatização da empresa.[12]
- ↑ a b c Grupo José de Mello. «História». Consultado em 3 de março de 2024
- ↑ Expresso - Deixar o Mundo Melhor - Vasco de Mello: “Somos 12 irmãos e temos muito presente o legado empresarial que nos deixaram e que queremos perpetuar”
- ↑ Miranda, J. (1991). As privatizações na revisão constitucional de 1989 e na Lei n.º 11/90, de 5 de Abril. Direito E Justiça
- ↑ Expresso - Deixar o Mundo Melhor - Vasco de Mello: “Somos 12 irmãos e temos muito presente o legado empresarial que nos deixaram e que queremos perpetuar”
- ↑ Expresso - Deixar o Mundo Melhor - Vasco de Mello: “Somos 12 irmãos e temos muito presente o legado empresarial que nos deixaram e que queremos perpetuar”
- ↑ O Jornal Economico - Salvador, o novo homem forte do Grupo José de Mello
- ↑ Bondalti. «História». Consultado em 3 de março de 2024
- ↑ CUF. «História». Consultado em 3 de março de 2024
- ↑ SIC. «Grupo Mello lança OPA sobre a Brisa». Consultado em 3 de março de 2024
- ↑ Jornal Económico. «Grupo Mello vendeu Brisa e vai apostar em novos negócios». Consultado em 3 de março de 2024
- ↑ Publico. «IPE vende Efacec ao Grupo Mello». Consultado em 3 de março de 2024
- ↑ Visão. «Efacec: Governo diz que novo dono comprometeu-se a manter empregos». Consultado em 3 de março de 2024