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Do ponto de vista da [[biologia]], um '''tecido''' é um conjunto de [[célula]]s especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por [[líquido]]s e substâncias intercelulares, que realizam determinada [[função (biologia)|função]] num [[organismo]] [[multicelular]].
Do ponto de vista da [[biologia]], um '''tecido''' é um conjunto de [[célula]]s especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por [[líquido]]s e substâncias intercelulares, que realizam determinada [[função (biologia)|função]] num [[organismo]] [[multicelular]].
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Podem ser encontrados em organismos do reino animal e vegetal. Os tecidos em animais podem ser classificados em quatro categorias básicas: o [[tecido epitelial]], o [[Tecido conjuntivo|conjuntivo]], o [[Tecido muscular|muscular]] e o [[tecido nervoso]]. Já em plantas, os tecidos podem ser agrupados em: tecido de preenchimento, como o [[parênquima]]; os tecidos de sustentação [[colênquima]] e [[esclerênquima]]; de revestimento como a [[Córtex (botânica)|epiderme]] e [[periderme]]; e tecidos de condução, como o [[xilema]] e [[floema]].
Podem ser encontrados em organismos do reino animal e vegetal. Os tecidos em animais podem ser classificados em quatro categorias básicas: o [[tecido epitelial]], o [[Tecido conjuntivo|conjuntivo]], o [[Tecido muscular|muscular]] e o [[tecido nervoso]]. Já em plantas, os tecidos podem ser agrupados em: tecido de preenchimento, como o [[parênquima]]; os tecidos de sustentação [[colênquima]] e [[esclerênquima]]; de revestimento como a [[Córtex (botânica)|epiderme]] e [[periderme]]; e tecidos de condução, como o [[xilema]] e [[floema]].


O estudo dos tecidos biológicos e de como estes se organizam para formar os [[Órgão (anatomia)|órgãos]] chama-se [[histologia]];<ref name="Aires-8">Aires ''et al'' 2011, p. 8.</ref> na [[medicina]], o estudo dos tecidos como meio de diagnóstico de uma [[doença]] é a [[histopatologia]]. A disciplina acadêmica que estuda tecidos vegetais é conhecida como [[histologia vegetal]]. Fernanda que editou
O estudo dos tecidos biológicos e de como estes se organizam para formar os [[Órgão (anatomia)|órgãos]] chama-se [[histologia]];<ref name="Aires-8">Aires ''et al'' 2011, p. 8.</ref> na [[medicina]], o estudo dos tecidos como meio de diagnóstico de uma [[doença]] é a [[histopatologia]]. A disciplina acadêmica que estuda tecidos vegetais é conhecida como [[histologia vegetal]].


== Composição ==
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Alguns exemplos de tecidos dos [[vertebrados]] são os [[epitélio]]s, que formam a [[superfície]] dos [[órgão (anatomia)|órgãos]], o [[tecido muscular]], o tecido que forma os [[ossos]] ([[tecido ósseo]]), o [[sangue]], o [[nervo|tecido nervoso]], a [[medula óssea]], que produz as células do sangue e os vários tecidos [[glândula|glandulares]].
Alguns exemplos de tecidos dos [[vertebrados]] são os [[epitélio]]s, que formam a [[superfície]] dos [[órgão (anatomia)|órgãos]], o [[tecido muscular]], o tecido que forma os [[ossos]] ([[tecido ósseo]]), o [[sangue]], o [[nervo|tecido nervoso]], a [[medula óssea]], que produz as células do sangue e os vários tecidos [[glândula|glandulares]].

A [[serosa]] e [[mucosa]] recobrem órgãos por fora e por dentro destes, ajudando os tecidos na proteção.
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== Métodos de estudo dos tecidos biológicos ==
== Métodos de estudo dos tecidos biológicos ==
A principal ferramente usada na histologia para o estudo de tecidos é o [[microscópio]], usando cortes finos de material em luz transmitida num capo claro.<ref>Telser ''et al'' 2008, p. 1.</ref> É necessário que o tecido seja submetido a cortes finíssimos, através da sua inclusão num bloco de [[parafina]] para ser cortado num [[micrótomo]].<ref>Bailey ''et al'' 1973, p. 1.</ref> Depois de cortado, retirada a parafina é colocado numa [[lâmina]], o corte é [[Fixação (histologia)|fixado]] (para não se deteriorar) e [[corante|corado]].
A principal ferramenta usada na histologia para o estudo de tecidos é o [[microscópio]], usando cortes finos de material em luz transmitida num capo claro.<ref>Telser ''et al'' 2008, p. 1.</ref> É necessário que o tecido seja submetido a cortes finíssimos, através da sua inclusão num bloco de [[parafina]] para ser cortado num [[micrótomo]].<ref>Bailey ''et al'' 1973, p. 1.</ref> Depois de cortado, retirada a parafina é colocado numa [[lâmina]], o corte é [[Fixação (histologia)|fixado]] (para não se deteriorar) e [[corante|corado]].


Os desenvolvimentos recentes na área da [[microscopia electrónica]], a [[imunofluorescência]] e o corte por [[congelação]] permitiram um enorme avanço no campo da histologia.
Os desenvolvimentos recentes na área da [[microscopia electrónica]], a [[imunofluorescência]] e o corte por [[congelação]] permitiram um enorme avanço no campo da histologia.
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=== Bibliografia ===
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Edição atual tal como às 13h37min de 12 de novembro de 2020

 Nota: Para o tecido para confecção de vestuário formado de fios entrelaçados, veja Tecido têxtil.
Tecido muscular humano

Do ponto de vista da biologia, um tecido é um conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por líquidos e substâncias intercelulares, que realizam determinada função num organismo multicelular.

Podem ser encontrados em organismos do reino animal e vegetal. Os tecidos em animais podem ser classificados em quatro categorias básicas: o tecido epitelial, o conjuntivo, o muscular e o tecido nervoso. Já em plantas, os tecidos podem ser agrupados em: tecido de preenchimento, como o parênquima; os tecidos de sustentação colênquima e esclerênquima; de revestimento como a epiderme e periderme; e tecidos de condução, como o xilema e floema.

O estudo dos tecidos biológicos e de como estes se organizam para formar os órgãos chama-se histologia;[1] na medicina, o estudo dos tecidos como meio de diagnóstico de uma doença é a histopatologia. A disciplina acadêmica que estuda tecidos vegetais é conhecida como histologia vegetal.

Composição[editar | editar código-fonte]

Tecidos são constituídos por células juntamente com a matriz extracelular produzida por células. A matriz é quase inexistente em alguns tecidos, porém em outros é abundante e contém estruturas e moléculas importantes do ponto de vista estrutural e funcional.[2] São agrupamentos de células e matriz extracelular que desempenham funções específicas, como as de proteção, absorção, secreção de substâncias, percepção de sensações, sustentação, locomoção, movimentação de órgãos internos, transmissão de informações, preenchimento, armazenamento, regeneração, defesa, e transporte de sustâncias.[1] Apesar da complexidade de organismos como os mamíferos, há apenas 4 tipos básicos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo, o muscular e o nervoso. Esses quatro tipos de tecidos não existem isoladamente mas juntam-se uns aos outros em proporções vaiáveis; os órgãos abrangem pelo menos dois ou todos os quatro tipos de tecidos.[2][3][4]

Tipos de tecidos biológicos[editar | editar código-fonte]

Os tecidos biológicos podem dividir-se em:

Alguns exemplos de tecidos dos vertebrados são os epitélios, que formam a superfície dos órgãos, o tecido muscular, o tecido que forma os ossos (tecido ósseo), o sangue, o tecido nervoso, a medula óssea, que produz as células do sangue e os vários tecidos glandulares.

A serosa e mucosa recobrem órgãos por fora e por dentro destes, ajudando os tecidos na proteção.

Nas plantas vasculares, os tecidos equivalentes aos vasos sanguíneos dos vertebrados são o xilema e o floema. Outros tecidos das plantas são os parênquimas e os meristemas, que são responsáveis pelo crescimento da planta.

Métodos de estudo dos tecidos biológicos[editar | editar código-fonte]

A principal ferramenta usada na histologia para o estudo de tecidos é o microscópio, usando cortes finos de material em luz transmitida num capo claro.[5] É necessário que o tecido seja submetido a cortes finíssimos, através da sua inclusão num bloco de parafina para ser cortado num micrótomo.[6] Depois de cortado, retirada a parafina é colocado numa lâmina, o corte é fixado (para não se deteriorar) e corado.

Os desenvolvimentos recentes na área da microscopia electrónica, a imunofluorescência e o corte por congelação permitiram um enorme avanço no campo da histologia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências
  1. a b Aires et al 2011, p. 8.
  2. a b Junqueira & Carneiro 1995, p. 46.
  3. Telser et al 2008, p. 37.
  4. Bailey et al 1973, p. 70.
  5. Telser et al 2008, p. 1.
  6. Bailey et al 1973, p. 1.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Aires, Marlúcia Bastos; Soares, R. C., da Silva, S. O., & Ting, E. (2011). Histologia Básica (PDF). São Cristóvão, Brasil: Biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe. p. 8 
  • Bailey, Frederick K.; Copenhaver, Wilfred M.; Bunge, Richard M.; Bunge, Mary B. (1973). Histologia. São Paulo, Brasil: Editora Edgard Blücher 
  • Junqueira, L. C.; Carneiro, José (1995). Histologia Básica 8 ed. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan 
  • Telser, Alvin G.; Young, John K.; Baldwin, Kate M. (2008). Histologia. Rio de Janeiro, Brasil: Elsevier Editora. ISBN 978-85-352-3061-1 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]