João de Alarcão: diferenças entre revisões
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'''João de Alarcão Velasques Sarmento Osório''' ([[Espinhal]], [[Penela]], [[5 de Novembro]] de [[1854]] — [[Montemor-o-Velho]], [[11 de Setembro]] de [[1918]]), mais conhecido por '''João de Alarcão''', senhor da Casa do Espinhal, fidalgo cavaleiro da Casa Real, Par do Reino, do conselho de Sua Majestade Fidelíssima,<ref>Livro de Oiro da Nobreza, Apostilas à Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal de [[João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Torres]] e [[Manoel de Castro Pereira da Mesquita]], por [[Domingos de Araújo Affonso]] e [[Ruy Dique Travassos Valdez]], Tipografia da Pax, Braga, 1932, Tomo I, pág. 258</ref> bacharel, magistrado e político ligado ao [[Partido Progressista (Portugal)|Partido Progressista]] que, entre outras funções, foi [[governador civil]] de vários distritos, deputado, par do reino, reitor da [[Universidade de Coimbra]] (1907), [[Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria]] (1905), [[Ministro da Justiça]] (1908-1909), [[Ministro dos Negócios Estrangeiros]] (1909) e [[Juiz Conselheiro]] do [[Supremo Tribunal de Justiça]]. Em 1910 foi um dos envolvidos no [[Escândalo do Crédito Predial Português|escândalo da falência do Crédito Predial Português]].<ref>[http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/biografias?registo=Jo%C3%A3o+de+Alarc%C3%A3o Nota biográfica na Fundação Mário Soares].</ref> Dedicou-se à [[genealogia]] e foi jornalista do ''Correio da Noite''.<ref>[http://maltez.info/respublica/portugalpolitico/classepolitica/alarcaojoao.htm Alarcão Velasques de Sarmento Osório, D. João de (n.1854)].</ref> |
'''João de Alarcão Velasques Sarmento Osório''' ([[Espinhal]], [[Penela]], [[5 de Novembro]] de [[1854]] — [[Montemor-o-Velho]], [[11 de Setembro]] de [[1918]]), mais conhecido por '''João de Alarcão''', senhor da Casa do Espinhal, fidalgo cavaleiro da Casa Real, Par do Reino, do conselho de Sua Majestade Fidelíssima,<ref name="Nobreza 1932">Livro de Oiro da Nobreza, Apostilas à Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal de [[João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Torres]] e [[Manoel de Castro Pereira da Mesquita]], por [[Domingos de Araújo Affonso]] e [[Ruy Dique Travassos Valdez]], Tipografia da Pax, Braga, 1932, Tomo I, pág. 258</ref> bacharel, magistrado e político ligado ao [[Partido Progressista (Portugal)|Partido Progressista]] que, entre outras funções, foi [[governador civil]] de vários distritos, deputado, par do reino, reitor da [[Universidade de Coimbra]] (1907), [[Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria]] (1905), [[Ministro da Justiça]] (1908-1909), [[Ministro dos Negócios Estrangeiros]] (1909) e [[Juiz Conselheiro]] do [[Supremo Tribunal de Justiça]]. Em 1910 foi um dos envolvidos no [[Escândalo do Crédito Predial Português|escândalo da falência do Crédito Predial Português]].<ref>[http://www.fmsoares.pt/aeb/crono/biografias?registo=Jo%C3%A3o+de+Alarc%C3%A3o Nota biográfica na Fundação Mário Soares].</ref> Dedicou-se à [[genealogia]] e foi jornalista do ''Correio da Noite''.<ref>[http://maltez.info/respublica/portugalpolitico/classepolitica/alarcaojoao.htm Alarcão Velasques de Sarmento Osório, D. João de (n.1854)].</ref> |
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==Biografia== |
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Foi Governador civil dos distritos da Guarda (1886), Funchal (1885-1890), Coimbra, Guarda e Lisboa (1898-1900 e 1905). |
Foi Governador civil dos distritos da Guarda (1886), Funchal (1885-1890), Coimbra, Guarda e Lisboa (1898-1900 e 1905). |
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Genealogista e jornalista do ''Correio da Noite''. |
Genealogista e jornalista do ''Correio da Noite''. |
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Foi [[Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria]] (26 de Abril a 27 de Dezembro de 1905), no governo de [[José Luciano de Castro]]. Nestas funções, por Decreto de 3 de Novembro de 1905, instituiu o ensino superior de indústria, percursor do actual ensino superior politécnico. |
Foi [[Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria]] (26 de Abril a 27 de Dezembro de 1905), no governo de [[José Luciano de Castro]]. Nestas funções, por Decreto de 3 de Novembro de 1905, instituiu o ensino superior de indústria, percursor do actual ensino superior politécnico. |
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Foi diplomata no reinado de D. Manuel II (1908). |
Foi diplomata no reinado de D. Manuel II (1908). |
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Foi Ministro da Justiça (26 de Dezembro de 1908 a 11 de Abril de 1909), no governo de [[Campos Henriques]]. |
Foi Ministro da Justiça (26 de Dezembro de 1908 a 11 de Abril de 1909), no governo de [[Campos Henriques]]. |
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Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (11 de Abril a 14 de Maio de 1909), no governo de [[Sebastião Teles]]. |
Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (11 de Abril a 14 de Maio de 1909), no governo de [[Sebastião Teles]]. |
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Magistrado, foi conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. |
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== Dados Genealógicos == |
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Filho primogénito de D. [[José de Alarcão Correia da Fonseca Andrade e Vasconcelos]], senhor da Casa do Espinhal, fidalgo cavaleiro da Casa Real e sua mulher D. Maria do Ó Cabral Pereira Forjaz de Menezes, da [[Casa das Lágrimas]], em Coimbra.<ref |
Filho primogénito de D. [[José de Alarcão Correia da Fonseca Andrade e Vasconcelos]], senhor da Casa do Espinhal, fidalgo cavaleiro da Casa Real e sua mulher D. Maria do Ó Cabral Pereira Forjaz de Menezes, da [[Casa das Lágrimas]], em Coimbra.<ref name="Nobreza 1932"/> |
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Casado em 4 de Junho de 1877 comː |
Casado em 4 de Junho de 1877 comː |
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* Maria da Conceição de Castro e Lemos (12 de outubro de 1856 - 17 de Junho de 1925) filha [[Sebastião de Castro e Lemos de Magalhães e Meneses]], senhor da Casa do Cõvo, e de D. Emília Maria Antónia Pamplona de Sousa Holstein (19 de outubro de 1821 - 31 de outubro de 1856),<ref>[https://archive.org/stream/gri_33125005925777#page/n5/mode/2up Portugal antigo e moderno, por Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho Leal, Edição Mattos Moreira & companhia, Lisboa, 1873, oitavo volume, (Resende), pág. 163]</ref> filha de [[Manuel Pamplona Carneiro Rangel Veloso Barreto de Miranda e Figueiroa]], 1º [[visconde de Beire]]<ref>Livro de Oiro da Nobreza, Apostilas à Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal de [[João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Tôrres]] e [[Manoel de Castro Pereira de Mesquita]], pelos [[Domingos de Araújo Affonso]] e [[Ruy Dique Travassos Valdez]], Tomo III, Academia Nacional de Heráldica e Genealogia, Braga, 1933, pág. 52</ref>. Sem geração.<ref |
* Maria da Conceição de Castro e Lemos (12 de outubro de 1856 - 17 de Junho de 1925) filha [[Sebastião de Castro e Lemos de Magalhães e Meneses]], senhor da Casa do Cõvo, e de D. Emília Maria Antónia Pamplona de Sousa Holstein (19 de outubro de 1821 - 31 de outubro de 1856),<ref>[https://archive.org/stream/gri_33125005925777#page/n5/mode/2up Portugal antigo e moderno, por Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho Leal, Edição Mattos Moreira & companhia, Lisboa, 1873, oitavo volume, (Resende), pág. 163]</ref> filha de [[Manuel Pamplona Carneiro Rangel Veloso Barreto de Miranda e Figueiroa]], 1º [[visconde de Beire]]<ref>Livro de Oiro da Nobreza, Apostilas à Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal de [[João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Tôrres]] e [[Manoel de Castro Pereira de Mesquita]], pelos [[Domingos de Araújo Affonso]] e [[Ruy Dique Travassos Valdez]], Tomo III, Academia Nacional de Heráldica e Genealogia, Braga, 1933, pág. 52</ref>. Sem geração.<ref name="Nobreza 1932"/> |
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Edição atual tal como às 21h30min de 4 de outubro de 2021
João de Alarcão Velasques Sarmento Osório (Espinhal, Penela, 5 de Novembro de 1854 — Montemor-o-Velho, 11 de Setembro de 1918), mais conhecido por João de Alarcão, senhor da Casa do Espinhal, fidalgo cavaleiro da Casa Real, Par do Reino, do conselho de Sua Majestade Fidelíssima,[1] bacharel, magistrado e político ligado ao Partido Progressista que, entre outras funções, foi governador civil de vários distritos, deputado, par do reino, reitor da Universidade de Coimbra (1907), Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (1905), Ministro da Justiça (1908-1909), Ministro dos Negócios Estrangeiros (1909) e Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Em 1910 foi um dos envolvidos no escândalo da falência do Crédito Predial Português.[2] Dedicou-se à genealogia e foi jornalista do Correio da Noite.[3]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Foi bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra (1871-1876), instituição de que foi reitor em 1907.[4] Terminado o curso, dedicou-se à actividade político-partidária e ao funcionarismo público superior.
Foi ajudante do Procurador da Coroal (1890).
Membro do Partido Progressista, foi deputado pelos círculos eleitorais da Guarda, Funchal e Coimbra e par do reino (1898).
Foi Governador civil dos distritos da Guarda (1886), Funchal (1885-1890), Coimbra, Guarda e Lisboa (1898-1900 e 1905).
Genealogista e jornalista do Correio da Noite.
Foi Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria (26 de Abril a 27 de Dezembro de 1905), no governo de José Luciano de Castro. Nestas funções, por Decreto de 3 de Novembro de 1905, instituiu o ensino superior de indústria, percursor do actual ensino superior politécnico.
Quando o extremar de posições entre o governo de João Franco e os estudantes da Universidade de Coimbra conduziu a um impasse durante a Crise Académica de 1907, o governo decidiu aceitar a demissão do reitor António dos Santos Viegas e, por decreto com data de 18 de Abril de 1907, nomear para o cargo D. João de Alarcão, ao tempo considerado uma figura muito próxima de João Franco. Em resultado da sua sua acção apaziguadora, foram promulgados o Decreto de 22 de Maio de 1907 e o Decreto de 26 de Agosto de 1907, diplomas que permitiram a reabertura das aulas, a realização de exames de fim de ano e a comutação das penas disciplinares de expulsão decretadas pelo Conselho de Decanos.[4] Controlada a crise, foi exonerado do cargo de reitor, a seu expresso pedido, em Novembro de 1907.
Foi diplomata no reinado de D. Manuel II (1908).
Foi Ministro da Justiça (26 de Dezembro de 1908 a 11 de Abril de 1909), no governo de Campos Henriques.
Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (11 de Abril a 14 de Maio de 1909), no governo de Sebastião Teles.
Magistrado, foi conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.
A 4 de Junho de 1910 foi revelado que era um dos envolvidos no escândalo da falência do Crédito Predial Português.
Faleceu em Montemor-o-Velho a 12 de Setembro de 1918, tendo o seu funeral sido realizado no dia seguinte, com grande solenidade, com o corpo velado com o grande uniforme de Conselheiro de Estado e o seu bicórnio e espadim transportados atrás do ataúde por um amigo íntimo da família Alarcão.[4][5]
Dados Genealógicos[editar | editar código-fonte]
Filho primogénito de D. José de Alarcão Correia da Fonseca Andrade e Vasconcelos, senhor da Casa do Espinhal, fidalgo cavaleiro da Casa Real e sua mulher D. Maria do Ó Cabral Pereira Forjaz de Menezes, da Casa das Lágrimas, em Coimbra.[1]
Casado em 4 de Junho de 1877 comː
- Maria da Conceição de Castro e Lemos (12 de outubro de 1856 - 17 de Junho de 1925) filha Sebastião de Castro e Lemos de Magalhães e Meneses, senhor da Casa do Cõvo, e de D. Emília Maria Antónia Pamplona de Sousa Holstein (19 de outubro de 1821 - 31 de outubro de 1856),[6] filha de Manuel Pamplona Carneiro Rangel Veloso Barreto de Miranda e Figueiroa, 1º visconde de Beire[7]. Sem geração.[1]
- ↑ a b c Livro de Oiro da Nobreza, Apostilas à Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal de João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Torres e Manoel de Castro Pereira da Mesquita, por Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Tipografia da Pax, Braga, 1932, Tomo I, pág. 258
- ↑ Nota biográfica na Fundação Mário Soares.
- ↑ Alarcão Velasques de Sarmento Osório, D. João de (n.1854).
- ↑ a b c "O reitor franquista".
- ↑ Cf. Gazeta de Coimbra, edições de 14 e 17 de Setembro de 1918.
- ↑ Portugal antigo e moderno, por Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho Leal, Edição Mattos Moreira & companhia, Lisboa, 1873, oitavo volume, (Resende), pág. 163
- ↑ Livro de Oiro da Nobreza, Apostilas à Resenha das Famílias Titulares do Reino de Portugal de João Carlos Fêo Cardoso Castelo Branco e Tôrres e Manoel de Castro Pereira de Mesquita, pelos Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Tomo III, Academia Nacional de Heráldica e Genealogia, Braga, 1933, pág. 52
- Nascidos em 1854
- Mortos em 1918
- Homens
- Família Alarcão
- Naturais de Penela
- Membros do Partido Progressista (Portugal)
- Governadores civis do distrito da Guarda
- Governadores civis do distrito do Funchal
- Governadores civis do distrito de Coimbra
- Governadores civis do distrito de Lisboa
- Deputados do Reino de Portugal
- Pares do Reino de Portugal
- Fidalgos cavaleiros da Casa Real
- Diplomatas de Portugal
- Ministros das Obras Públicas de Portugal
- Ministros da Justiça de Portugal
- Ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal
- Alumni da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
- Reitores da Universidade de Coimbra
- Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal
- Jornalistas do Reino de Portugal
- Senhores do Reino de Portugal