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Herodiano (conde): diferenças entre revisões

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'''Herodiano''' ({{langx|la|''Herodianus''}}) foi um oficial bizantino do {{séc|VI}}, ativo durante o reinado do [[imperador bizantino|imperador]] [[Justiniano]] {{nwrap|r.|527|565}}.
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== Vida ==
== Vida ==


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Aparece em 535, quando foi um dos quatro comandantes ([[Demétrio (mestre dos soldados)|Demétrio]], [[Paulo (conde)|Paulo]] e [[Ursicino (conde)|Ursicino]]) de infantaria regular enviados sob [[Belisário]] para [[Guerra Gótica (535–554)|reconquistar]] a [[Península Itálica|Itália]]. Sua posição e ofício eram incertos, mas foi possivelmente um [[homem espectável]] e [[conde dos assuntos militares]].{{sfn|Martindale|1992|p=593-594}} No final de 536, quando Belisário deixou [[Nápoles]] em direção a [[Roma]], Herodiano ficou para trás com 300 infantes para guardar a cidade. Pode ter se reunido com Belisário no final de 537, quando [[Procópio de Cesareia]] reuniu todas as tropas disponíveis em Nápoles e retornou com elas para Roma junto com reforços de [[Constantinopla]] sob [[João (sobrinho de Vitaliano)|João]].{{sfn|name=Mar594|Martindale|1992|p=594}}
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Em 542, foi comandante das tropas [[Diocese da Trácia|trácias]] enviado com [[Maximino (prefeito pretoriano da Itália)|Maximino]] por mar de Constantinopla à Itália. A expedição atrasou primeiro no [[Epiro]] e então em [[Siracusa]] devido ao receio de Maximino em se envolver nos conflitos. Mais tarde no mesmo ano, Herodiano, [[Fazas]] e [[Demétrio (mestre dos soldados)|Demétrio]] foram enviados por Maximino com todas as forças disponíveis para aliviar Nápoles que estava sob [[Cerco de Nápoles (542-543)|cerco]] do [[rei ostrogótico|rei]] [[Tótila]] {{nwrap|r.|541|552}}. Sua frota foi pega numa tempestade e empurrada à costa próximo do campo gótico. Muitos foram mortos ou capturados pelos godos, mas Herodiano e Fazas escaparam devido a seus navios estarem mais distantes do inimigo.<ref name=Mar594 />
Em 545, foi comandante da guarnição de [[Espolécio]]. Quando os godos sitiaram Espolécio, concordou em render a guarnição e a cidade caso nenhuma ajuda viesse em 30 dias e para confirmar o acordo entregou seu filho como refém. No dia marcado, ele e a guarnição se renderam e renderam a cidade para os godos. [[Procópio de Cesareia]] registra o rumor que Herodiano fez isso, pois não podia mais suportar a pressão por dinheiro de Belisário. Ele estava com Totila quando o último [[Saque de Roma (546)|capturou]] Roma em dezembro de 546. Em 552, estava com a guarnição de Totila estacionada em [[Cumas]] para guardar a maior parte do tesouro. Foi presumivelmente sitiado em Cumas pelos bizantinos, mas seu destino após sua captura por eles não é registrado.{{sfn|Martindale|1992|p=594-595}}

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== Bibliografia ==
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Edição atual tal como às 03h24min de 13 de maio de 2024

Herodiano
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação Oficial

Herodiano (em latim: Herodianus) foi um oficial bizantino do século VI, ativo durante o reinado do imperador Justiniano (r. 527–565).

Vida[editar | editar código-fonte]

Soldo de Justiniano (r. 527–565)
Tremisse de Tótila (r. 541–552)

Aparece em 535, quando foi um dos quatro comandantes (Demétrio, Paulo e Ursicino) de infantaria regular enviados sob Belisário para reconquistar a Itália. Sua posição e ofício eram incertos, mas foi possivelmente um homem espectável e conde dos assuntos militares.[1] No final de 536, quando Belisário deixou Nápoles em direção a Roma, Herodiano ficou para trás com 300 infantes para guardar a cidade. Pode ter se reunido com Belisário no final de 537, quando Procópio de Cesareia reuniu todas as tropas disponíveis em Nápoles e retornou com elas para Roma junto com reforços de Constantinopla sob João.[2]

No verão de 538, foi enviado com Ulíaris e Narses e um grande exército sob o comando geral de Ildígero por mar para aliviar Arímino. Ao avistar a frota, os godos em Arímino, já alarmada pelas numerosas fogueiras acessas por Martinho, entraram em pânico e fugiram. Ildígero e aqueles consigo foram os primeiros a entrar o campo gótico, onde pegaram todos os bens de valor deixados. Em 540, Herodiano foi um dos quatro comandantes que retornaram para Constantinopla com Belisário (os outros foram Ildígero, Martinho e Valeriano).[2]

Em 542, foi comandante das tropas trácias enviado com Maximino por mar de Constantinopla à Itália. A expedição atrasou primeiro no Epiro e então em Siracusa devido ao receio de Maximino em se envolver nos conflitos. Mais tarde no mesmo ano, Herodiano, Fazas e Demétrio foram enviados por Maximino com todas as forças disponíveis para aliviar Nápoles que estava sob cerco do rei Tótila (r. 541–552). Sua frota foi pega numa tempestade e empurrada à costa próximo do campo gótico. Muitos foram mortos ou capturados pelos godos, mas Herodiano e Fazas escaparam devido a seus navios estarem mais distantes do inimigo.[2]

Em 545, foi comandante da guarnição de Espolécio. Quando os godos sitiaram Espolécio, concordou em render a guarnição e a cidade caso nenhuma ajuda viesse em 30 dias e para confirmar o acordo entregou seu filho como refém. No dia marcado, ele e a guarnição renderam-se; Procópio de Cesareia registra o rumor que Herodiano fez isso, pois não podia mais suportar a pressão por dinheiro de Belisário. Estava com Tótila quando o último capturou Roma em dezembro de 546. Em 552, estava com a guarnição de Tótila estacionada em Cumas para guardar a maior parte do tesouro. Foi presumivelmente sitiado em Cumas pelos bizantinos, mas seu destino após sua captura por eles não é registrado.[3]

Referências
  1. Martindale 1992, p. 593-594.
  2. a b c Martindale 1992, p. 594.
  3. Martindale 1992, p. 594-595.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Herodianus 1». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8